Diário de Bordo Peru – Conhecendo o Machu Picchu

O dia mais esperado da viagem começou às 05h da manhã, acordamos esse horário porque iríamos subir a montanha Huayna Picchu no primeiro horário (07h a.m) e os ônibus que sobem para o Machu Picchu funcionam por ordem de chegada, então não queria correr o risco de atrasar. Tomamos um bom café da manhã no hostel (aconselho fortemente a fazer isso, pois lá no Machu Picchu as coisas são MUITO caras!) e pegamos nosso box de comida (no Supertramp você paga 20 soles por um “food box” que tem um lanche, uma fruta e um suco para levar e comer no Machu Picchu), realmente aconselho a tomar café da manhã reforçado no hostel e comprar esse food box, pois lá no passeio paguei 20 soles só por um copo grande de coca-cola.

Ah, outro ponto importante é que o ticket do ônibus que leva até a porta do Machu Picchu deve ser comprado no dia anterior, é fácil achar o guichê, só perguntar para qualquer pessoa na rua. Conseguimos entrar no ônibus sem pegar muita fila e subimos, o trecho demora + ou – meia hora e é tranquilo.

Chegamos na entrada e já estava lotaaaaaado, mas não demorou muito para conseguirmos entrar. Nem consigo descrever a emoção que eu estava sentindo nessa hora, pois era um sonho se realizando, isso juntou com a energia maravilhosa do lugar e me arrepiei inteira quando entrei.

Entrada para o Machu Picchu - Peru
Entrada para o Machu Picchu – Peru

Pegamos um mapa do lugar e fomos procurar a entrada de Huayna Picchu, pois já era 6h30 da manhã, nessa hora encontramos um casal de americanos que pareciam entender aquele mapa (a gente não tava entendendo nadinha haha) e por sorte eles também estavam indo para Huayna, depois de passarmos por vários caminhos alternativos no meio das ruínas, chegamos em cima da hora!

Aqui foi o momento mais difícil (fisicamente falando) de todo o mochilão, pois por falha minha, acabei não pesquisando muuuito a respeito de Huayna Picchu e achei que fosse uma caminhadinha leve hahaha não era! Apesar de eu ser uma pessoa sedentária, tenho um bom condicionamento físico, mas o combo falta de exercícios físicos constantes + altitude me pegou em cheio e senti um pouco de dificuldade na subida e muito medo de altura na descida, então pesquise bem antes de decidir fazer esse passeio (em breve farei um post só falando sobre Huayna Picchu).

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Terminamos de descer a montanha umas 10h45 e correndo encontrar o guia (tava marcado para as 11h na entrada), chegando lá ficamos esperando um bom tempo e nada, já comecei a pensar que tinha sido enganada quando ele surgiu. Realmente houve um problema aqui, a guia só nos esperou até 10h30 (acredito que foi um mal-entendido apenas, porque mesmo assim ela pediu para outro guia nos “resgatar” depois e deu tudo certo). Fizemos o tour em espanhol e deu para entender basicamente tudo, foi realmente MARAVILHOSO! Sério, se você estiver pensando em ir sem guia, não faça isso, vai ser quase um desperdício de tempo porque você vai olhar para muitas pedras e não encontrar sentido (a não ser, claro, que você já tenha estudado muito da história dos incas e tudo mais). O tour durou + ou – 3 horas e depois o guia nos ensinou a chegar no local onde da para tirar aquela foto clássica de “capa do facebook”.

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Olha, realmente indico a agência que fechamos o pacote, chama Perú Vive mas acho que não estava escrito nada assim na porta, parecia um centro de informação turística e fica praticamente em frente ao hostel Milhouse (Calle Quera 270, Cusco), eles foram extremamente atenciosos e não tenho do que reclamar, tudo ocorreu muito bem!

Outra dica muito importante é não se programar para voltar a Cusco no mesmo dia, o ideal é dormir mais uma noite em Aguas Calientes e voltar no outro dia pela manhã, porque se quiser ir embora no mesmo dia terá que fazer tudo correndo e, sinceramente, visitar o Machu Picchu é uma data única, não tenha pressa para fazer isso, simplesmente aprecie e viva o momento intensamente. Saímos de lá umas 16h e com a sensação de querer ficar mais, então aproveite bem (só não esqueça de combinar tudo direitinho com a agência).

No outro dia saímos às 10h do hostel e fomos pegar a trilha de volta, a impressão é que a volta é bem mais rápida que a ida, foi tudo muito tranquilo e gostoso. Se quiser nadar um pouco no rio, o ideal é sair bem mais cedo, assim é tranquilo, porque as vans saem da hidrelétrica as 14h então não dá para correr o risco de atrasar. Nós chegamos lá faltando meia hora para as 14h e já tinha bastante gente esperando, confesso que dá um pouco de medo de pensar que a agência simplesmente te esqueceu por lá, você começa a ver várias vans chegando, chamando as pessoas pelos nomes e nada da sua, vai dando um leve desespero, mas no final da tudo certo (pelo menos deu pra gente haha).

Chegamos em Aguas Calientes umas 22h30 da noite porque em Ollantaytambo um ônibus quis virar em uma rua muito estreita, não conseguiu, bloqueou TODO o trânsito e ficamos muito tempo lá parados. Era pra gente chegar umas 20h em Cusco e já pegar um ônibus rumo à Bolívia, mas devido ao incidente, tivemos que dormir mais uma noite no Milhouse, o que não foi nada ruim porque ficamos em um quarto cheio de brasileiros legais que, por coincidência, havíamos encontrado na trilha rumo a Aguas Calientes.

No próximo post conto sobre a ida do Peru para a Bolívia de ônibus.

Abraço!

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