Diário de Bordo Peru – Rumo a Aguas Calientes

Como nós tivemos aquela coisa chata de perder o vôo (confira a história completa aqui), perdemos um dia livre no Peru e no segundo dia de Cusco já tivemos que correr para Águas Calientes bem cedinho.

Como havia dito no primeiro post (quem não leu, pode ler aqui), nós conseguimos fechar o pacote de van (ida e volta até a hidrelétrica, o restante foi feito através de uma trilha bem sussa e cheia de mochileiros legais) com direito a café da manhã, almoço, janta em Águas Calientes e guia durante o passeio do Machu Picchu por U$60,00. Achei realmente bem barato pelos serviços oferecidos, além do comprometimento da agência que foi nota dez!

Ficou combinado que uma pessoa da agência passaria em frente ao nosso hostel às 08h da manhã para nos levar até a van e o único ponto negativo foi que a pessoa apareceu com 1 hora de atraso haha mas tudo bem, ninguém se estressou (muito) por isso, deu só um pequeno medo de ter caído em um golpe hahaha.

Agora começa a parte da aventura, saímos de Cusco rumo a Ollantaytambo, onde foi feita a primeira parada para tomarmos um café da manhã, essa primeira parada é feita em um restaurante na beira da estrada, bem simples mas com o suficiente para um café da manhã bom, além de ter bolachas, chocolates, etc para dar aquela abastecida na mochila.

Não lembro bem, mas acredito que ficamos cerca de meia hora nesse lugar e já saímos rumo a Santa Teresa, cidadezinha onde fizemos a parada para o almoço. Aqui é importante alertar que quase ficamos sem o almoço porque a gente não sabia que tinha que avisar o motorista sobre isso, descobrimos que cada um da van tinha fechado um pacote diferente e só o nosso tinha o almoço incluso, então basicamente todo mundo teve que esperar 1 hora por nossa causa hahaha quem for fazer esse trajeto, sempre avise o motorista a respeito de tudo o que fechou com a agência.

O almoço foi pollo (pra variar haha) em um restaurante bem bonitinho e gostoso, comemos rápido e continuamos a aventura.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Até então a estrada estava ok, apesar das curvas demoníacas ela era asfaltada e eu estava começando a achar que tudo aquilo que eu tinha lido a respeito de como esse caminho é aterrorizante, tinha sido um terrorismo barato, maaaaaaaaaas… não, não era! Na metade da viagem a estrada mudou radicalmente para uma estradinha de mão única, toda de terra, sem nenhuma proteção entre a van e o abismo. Havia uma alemã sentada logo atrás de mim que estava tão apavorada, que não parava de dar murrinhos na van e gritar hahaha. Sim, foi uma tortura por basicamente umas 3 horas.

O caminho é simplesmente maravilhoso, são paisagens que não da para descrever de tão lindas, porém, é realmente aterrorizante e eu não sei se teria estômago para fazer isso de novo.

Veja aqui um vídeo que fiz pelo caminho.

Quando estávamos quase chegando na hidrelétrica, vimos a frente que todas as vans estavam paradas formando uma longa fila, ninguém sabia o que estava acontecendo e de repente vimos soldados do éxercito peruano com metralhadoras e helicópteros, já logo pensamos que estavam atrás de traficantes e que nos deixariam passar de boa, assim que notassem que éramos apenas um bando de turistas aventureiros. Mas, como tudo tem que ser difícil na vida de um mochileiro, não foi assim que aconteceu.

Eles estavam, na verdade, fazendo a segurança do presidente do Peru (sim, acredite, o cara tava lá bem no meu dia de ir para o Machu Picchu!), ele estava fazendo algo semelhante a um comício, já que era época de eleição, e fomos avisados que nenhum carro passaria daquele local até o presidente sair, o jeito foi ir a pé mesmo. A sorte é que já estávamos bem perto (cerca de 20 minutos), então não foi um grande tormento.

Finalmente chegamos à hidrelétrica, assinamos o livro e a segunda parte da aventura começou! A trilha é bem tranquila mesmo, pois é basicamente só seguir a linha do trem. Apenas no começo que é bom prestar atenção, porque é necessário subir um “morrinho” e chegar a uma segunda linha do trem que tem lá em cima, passando no meio de uma florestinha. Se você seguir a primeira linha do trem, vai chegar a um lugar perigoso, onde vai ter um túnel e se o trem vier ao mesmo tempo que você, já era.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Durante essa trilha certamente você vai conhecer muita gente do mundo todo, além de passar por paisagens bem bonitas e da até para nadar um pouco no rio, só não perca muito tempo nele na ida, pois é melhor chegar em Aguas Calientes antes de escurecer. Meu conselho é sair um pouco mais cedo na volta, assim da para programar um tempo melhor para nadar.

Como a Thay é uma lerdeza que só vendo (hahaha desculpa!), chegamos em Aguas Calientes e já estava bem escuro, era mais ou menos umas 7h da noite e nós descobrimos que tínhamos comprado lanternas bem ruins, fica a dica, leve sempre uma boa lanterna hahaha

Chegamos no hostel e já era umas 8h30 da noite, ficamos hospedados no Supertramp  e eu aconselho MUITO esse hostel, apesar de só existirem quartos compartilhados com no mínimo 10 pessoas, é um clima muito bacana e parece que todos os mochileiros legais do mundo se hospedam lá hahaha

A representante da agência de viagem que fechamos o pacote em Cusco, já estava nos esperando lá no hostel quando chegamos e saímos para a janta que também estava inclusa no pacote. No jantar combinamos como seria o encontro com o guia lá no Machu Picchu, teríamos que terminar a subida de Wayna Picchu e voltar para a entrada até às 11h da manhã, para encontrar com o guia.

Terminamos o jantar e fomos dar uma volta pela cidade, mas não durou muito porque todo mundo estava semi morto de cansaço pela trilha, então voltamos para o hostel, tomamos um bom banho e decidimos dormir “cedo”, afinal no outro dia sairíamos as 5h da manhã para pegar o ônibus e chegar na entrada de Wayna Picchu às 7h da manhã.

Esse foi o resumão do segundo dia no Peru, se alguém tiver qualquer dúvida, é só deixar um comentário ou enviar um email por aqui, ficaremos felizes em responder tudo sobre nossa estadia nesse lugar maravilhoso! 🙂

O próximo post será sobre o momento mais esperado da viagem: Conhecer o Machu Picchu!

Beijos

Um comentário sobre “Diário de Bordo Peru – Rumo a Aguas Calientes

Deixe um comentário